sexta-feira, 13 de abril de 2012

Olá, queridos alunos dos 9ºs anos

Vamos recapitular algumas atividades que faremos na próxima semana:
- 9ºs A, B e C têm prazo até quarta-feira para apresentar a atividade de recuperação da PCP. O 9º D tem prazo até segunda-feira, uma vez que a correção da PCP foi feita antes das outras classes.
- A narrativa baseada nos jogos, séries, filmes ou livros deverá ser finalizada em casa (passada a limpo no caderno, a caneta, corrigindo eventuais erros de ortografia, pontuação, coesão textual, etc.) e apresentada na segunda ou terça-feira, dependendo do horário de aula.
- Iniciaremos na próxima semana o estudo sobre as orações subordinadas adverbiais. Para tanto, vocês devem copiar os conceitos do livro didático, conforme segue:
Página 120 - Orações Subordinadas Adverbiais (copiar os dois "Anotes").
Página 122 - "Anote" (inteiro); Conjunções que introduzem a oração subordinada adverbial (copiar o quadro de conjunções);
Página 133 - "Anote" (inteiro); Conjunçõs que introduzem a oração subordinada adverbial (copiar o quadro de conjunções).
Quem preferir, pode xerocar os conteúdos e colá-los no caderno (apenas o que foi indicado).
- A resenha crítica sobre o livro "Babel Hotel" deverá ser entregue até sexta-feira, lembrando que é uma atividade opcional que valerá 1,0 ponto no OIA. Seguem abaixo modelos de resenhas sobre o filme "Crônicas de Nárnia - A Viagem do Peregrino da Alvorada". Notem que é apresentado um resumo do enredo, bem como argumentos que justificam a opinião do resenhista (favorável ou não). Para quem não lembra como fazer uma resenha, pesquisem na internet.

RESENHA CRÍTICA DO FILME “CRÔNICAS DE NÁRNIA – A VIAGEM DO PEREGRINO DA ALVORADA”
Exemplo de crítica favorável
De Roberto Cunha
Mais uma adaptação da literatura infanto-juvenil chega nos cinemas e o texto que se segue foi escrito por quem não leu o livro, mas viu o filme e se ele precisasse de "guia" para ser entendido, o resultado não seria bom. Felizmente, não foi o caso de As Crônicas de Nárnia - A Viagem do Peregrino da Alvorada.
Terceiro filme da série baseada na obra de C.S. Lewis (Clive Staples Lewis), esta nova aventura pontua claramente um momento de transição dos personagens Lúcia e Edmundo, mais crescidos e um tanto quanto rebeldes. A diferença é que agora, nesta viagem, eles estarão acompanhados do primo Eustáquio, um verdadeiro mala sem alça que não leva a menor fé no mundo mágico “freqüentado” pela família.
Para colocar os jovens à prova diante de conflitos comuns como a inveja e a ganância, entre outros, a estrutura narrativa é bastante simples, condizente com o público alvo. Assim, como nos antigos jogos de tabuleiros ou nos nem tão recentes jogos eletrônicos, o roteiro vai elencando uma série de situações em que os heróis precisam se superar para atingir o próximo nível. Ou seja, enfrentar perigos para conseguir prêmios.
Na história em questão, a missão deles é recuperar sete espadas poderosas que juntas livrarão o reino das garras do mal, mas não sem antes encarar muitas dificuldades numa incrível aventura marítima e épica, na companhia de Minotauros e Sereias, temperada com algumas frases de efeito e de fácil entendimento para a garotada. "Para derrotar as trevas, precisam derrotar as trevas dentro de vocês!”, dirá um personagem. “Não fuja de quem você é”, alertará outro.
Embora para os fãs de carteirinha, lugares esquisitos e personagens estranhos possam ser familiares, para o espectador comum, certos nomes ou situações podem soar sem sentido como a participação dos Tontópodes, tendo em vista que mal "pisam" na história e logo saem do filme, mas não sem antes mostrarem que fazem muito barulho ao pular, mas nem tanto na hora de um "sequestro". Sem dúvida, algo que poderia ser melhor resolvido.
De qualquer forma, as falhas existem, mas não comprometem o resultado final e para tornar o desafio mais fácil, os reis irmãos contam com a ajuda do rei Caspian (o príncipe da aventura anterior) e do rato Ripchip. Agora, difícil mesmo é acreditar na redenção do tal primo, versão jovem do irritante Dr.Smith, da saudosa série "Perdidos no Espaço" dos anos 70.
Com efeitos especiais de qualidade (sem nenhuma inovação), combates limpos (sem vestígios de sangue) e uma trilha sonora compatível, o longa tem tudo para ser um deleite para quem curte o autor. E poderá agradar também os não iniciados, já que é uma história com começo, meio e fim, fácil de entender.

Exemplo de crítica negativa
De Lucas Salgado
Lúcia (Georgie Henley), Edmundo (Skandr Keynes) e Eustáquio (Will Poulter) retornam para Nárnia onde se encontram com príncipe Caspian (Ben Barnes), agora rei, e outros amigos de aventuras passadas. Para encontrar os Sete Fidalgos Desaparecidos de Telmar, ele começam uma nova aventura a bordo do navio Peregrino da Alvorada, onde irão encarar guerreiros, dragões, anões e tritões. Mais uma vez, os jovens colocarão sua coragem e convicções à prova, antes que consigam chegar no limite do mundo.
C.S. Lewis é um dos maiores autores da história da literatura e a série As Crônicas de Nárnia é um de seus grandes legados, por isso é importante destacar que não é a obra dele que está em análise nesta crítica, mas sim a adaptação para os cinemas. Ao contrário do que alguns possam acreditar, o filme é uma obra individual e seu insucesso não representa mácula alguma na carreira do escritor.
Baseado em um belo livro, o filme é falho numa série de fatores, a começar pelo roteiro, que apresenta diálogos infelizes e várias soluções fáceis. Como boa história infantil, Nárnia nunca apresentou uma trama complexa, mas também nunca foi tão simples como aqui.
Ao lançar As Crônicas de Nárnia - O Leão, a Feiticeira e o Guarda-Roupa em 2005, a Walt Disney pretendia dar início a uma franquia milionária que representasse uma resposta ao domínio da Warner Bros. no mundo da fantasia, através de Harry Potter e O Senhor dos Anéis. Os bons resultados nas bilheterias geraram As Crônicas de Nárnia - Príncipe Caspian, mas após uma decepção nas bilheterias (Caspian custou US$ 225 milhões e arrecadou US$ 141 milhões nos EUA), o estúdio do Mickey acabou abandonando afranquia.              
 A Fox acabou surgindo para impedir que a série acabasse na gaveta, mas infelizmente caiu nos mesmos erros da Disney, ao invés de sentar e analisar o que havia de errado. Não se pode dizer que a Fox não mudou nada, afinal temos novos nomes na direção (Michael Apted), roteiro (Michael Petroni), fotografia (Dante Spinotti), trilha sonora (David Arnold) e edição (Rick Shaine), o problema é que a concepção de como tratar a história pouco mudou.  
 Mas ser infantil está longe de ser o problema em As Crônicas de Nárnia - A Viagem do Peregrino da Alvorada. A grande questão é que o filme não consegue se posicionar seja como aventura, seja como fantasia. Os fãs dos dois gêneros deverão sair decepcionados. O longa representa ainda um retrocesso no que diz respeito à fotografia e aos efeitos especiais. Ao contrário de O Leão, a Feiticeira e o Guarda-Roupa, aqui não exploramos o mundo de Nárnia de forma satisfatória.
Quanto aos efeitos especiais, estes são absolutamente ultrapassados e, pior, desinteressantes. É claro que os efeitos não corrigiriam as falhas do roteiro, afinal não é culpa do profissional que desenvolveu os mesmos que a grande vilã do filme seja a fumaça verde que sai de uma ilha estranha.
Com a fumaça como grande vilã vemos a talentosíssima Tilda Swinton jogada a uma ponta nada nova. Alguém ainda aguenta a personagem da feiticeira branca tentando convencer o personagem Edmundo a seguir com ela? Os dramas de Edmundo, inclusive, são os mesmos do primeiro e do segundo filme, o que deixa uma bela sensação de déjà vu. O conflito de Lúcia com sua beleza é novo, mas subaproveitado, o que é uma pena, uma vez que a jovem Georgie Henley já provou-se talentosa.
Todos as pequenas falhas em As Crônicas de Nárnia 3 poderiam acabar relevadas se não fosse um grande erro de casting. Além de Henley, nenhum nome se destaca no elenco da produção, mas a maioria ao menos não compromete. Mas isso não é o que ocorre com o jovem Will Poulter. Seu Eustáquio é um dos personagens mais insuportáveis que o cinema foi capaz de produzir nos últimos anos. É clara a intenção do filme em criar uma criança              chata que, ao entrar em contato com o mundo de Nárnia, vai melhorando, mas vão tão longe em sua chatice que quando chega a hora da redenção o espectador já nem mais aguenta olhar para o personagem.
Como leitor de C.S. Lewis ainda torço para que Nárnia ganhe nova chance nas telonas, mas espero sinceramente que chamem um roteirista de renome para desenvolver a história - o atual tem como principal filme no currículo o fraquíssimo A Rainha dos Condenados - e busquem um grupo de crianças mais talentosas para retornar ao mundo mágico. Ah, é claro, também desejo jamais ver o tal Eustáquio por Nárnia novamente.

Bom final de semana a todos.

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